13 - A Vinda de o Messias e o
Anticristo
INTRODUÇÃO DA LIÇÃO
O ensino de que haverá uma vinda
silenciosa e secreta de Cristo, antes do aparecimento do homem do
pecado, tem sido amplamente difundido e crido neste século.
Muitos aceitam-no com pouca ou quase
nenhuma investigação. Chocante quanto possa parecer, este ensino não era
a posição da Igreja apostólica e nem foi ensinado pelos primeiros
protestantes, os reformadores.
Até por volta de 1830, ninguém ensinou
isto. Se for então como defendem os futuristas, por que este assunto era
desconhecido até aquela época?
QUESTIONÁRIO
1.
Pode o Messias vir a
qualquer momento?
Paulo orientou aos tessalonicenses (I
Ts 4:16,
17) a respeito da vinda do Senhor e
mais tarde, visto alguns estarem achando que o evento ocorreria a
qualquer momento, esclareceu-lhes que existiam outras coisas a
cumprirem-se antes, por ordem:
1) Apostasia; 2)
revelação e manifestação do homem do pecado; 3) vinda de Cristo e
nosso ajuntamento com Ele (II Ts 2:1-3).
Este raciocínio contraria os
futuristas, pois estes esperam os eventos na ordem: 3, 1 e 2, ou seja:
Vinda de Cristo e nosso ajuntamento (3); a apostasia (1) e
a manifestação futura do anticristo (2).
No desespero de justificar a inversão
da ordem dos acontecimentos, os futuristas chegam a afirmar que a
palavra traduzida por apostasia, significa partida
tentando colocar aí o arrebatamento (Opções Contemporâneas na
Escatologia, pág. 114).
2. De onde se originou a idéia de
uma vinda de o Messias em duas fases e de um rapto secreto dos santos?
Esta doutrina surgiu de uma profecia
dada por uma jovem chamada Margareth McDonald, na primavera de 1830. Ela
afirmou, numa mensagem profética, que a vinda de Cristo seria vista
somente por aqueles cujos olhos fossem espiritualmente abertos. Ela fez
um relato manuscrito e remeteu cópias a vários líderes religiosos da
época.
Robert Norton, em 1840, publicou a
revelação da profetisa em seu livro "The Restoration of Apostles and
Prophets in the Catolic Apostolic Church"
(A
Restauração dos Apóstolos e Profetas
na Igreja Católica Apostólica).
Outro associado a idéia foi Edward
Irving, um eloqüente pregador escocês, nascido em 1792. Alguns acham que
o pioneiro deste pensamento, no entanto, tenha sido o católico Manuel
Lacunza, que publicou em 1812 a obra em espanhol "A vinda do Messias
em glória e majestade", traduzida para o inglês por Irving em 1827.
3. Por que sete anos no Céu? Que
dizem respeito ao anticristo neste tempo?
A interpretação futurista das setenta
semanas, defende a chamada teoria "gap" ou teoria da diferença,
ou ainda, um parêntesis na contagem das semanas de Dn 9:27.
Ensina que as sessenta e nove semanas
(483 anos), se estenderam desde a saída da ordem para reconstruir
Jerusalém, em 457 a.C.,
até o ano 26, medindo o tempo para a
vinda do Messias, o que é correto. Todavia, aí abrem um espaço que
perdura até o rapto da Igreja, quando então recomeça a contagem da 70º
semana, que seria de sete anos.
Neste período final a Igreja fica no
Céu com Cristo, enquanto que, aqui na Terra, reina num governo mundial,
o homem do pecado, o anticristo. Detalhes nos próximos estudos...
4. O que vem a ser dispensações e em
qual delas, segundo eles, é nossa era?
Dispensacionalismo é um sistema de
interpretação da Bíblia por revelação progressiva, que divide o plano do
ETERNO para salvação do homem em distintas eras. Segundo Guilherme W. Orr
e Lawrence Olson, estas eras são sete, a saber:
1)
Inocência; 2) Consciência; 3) Governo Humano; 4) Promessa ou Patriarcal;
5) Lei; 6) Graça ou Eclesiástica e 7) Reino ou Governo Divino. Nós
estaríamos na dispensação da Graça.
5. Segundo a teoria do rapto, quem
está detendo ou impedindo a manifestação do anticristo?
A presença da Igreja e do Espírito
Santo na Terra! Em II Ts 2:1-3, Paulo foi explícito ao afirmar que
a vinda de Cristo e nossa reunião com Ele (arrebamento, ajuntamento) não
se daria, antes da apostasia e da manifestação do homem do pecado.
Mostra que o impedimento não era por algo desconhecido ou obscuro.
Ele e os tessalonicenses sabiam o que
era. Ele teve o cuidado de não mencionar por alguma razão de segurança.
Se, no entanto, se tratasse do Espírito Santo, não haveria razão para
não dizer aos irmãos. Na verdade, tratava-se do Império Romano que,
quando removido, abriu caminho livre ao papado.
De Justino Mártir, Cirilo, Jerônimo e
Irineu é nos dito que acreditavam ser o Império Romano o obstáculo ao
anticristo.
6.
Quando, segundo
esta teoria, surgirão os 144 mil? Quem serão estes e que obra farão?
Após o rapto, durante os primeiros 3,5
anos, converter-se-ão 144 mil judeus e estes tornar-se-ão grandes
evangelistas. 144 mil Billy Grahams): A Terra jamais conheceu um
período de evangelização como este e converter-se-á mais gente que em
toda a história da pregação do Evangelho...
Aqui cabe uma pergunta: Se é o
Espírito Santo que converte e Ele já foi retirado da Terra no rapto,
quem e como se converterá este povo?
7. Por que não é viável a crença
num reinado mundial, sob um grande ditador humano, o homem do pecado ou
o anticristo?
Simplesmente porque a
profecia de Daniel 2 e 7 apontam somente para quatro reinos mundiais,
sendo que no fim do quarto, vem uma pedra que esmiúça os reinos. Esta
pedra é identificada como sendo o Reino de Cristo.
Não existe nenhum reino mundial
humano, além destes quatro.
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