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a Igreja da BíbliaE a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3

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É Vergonhoso Ser Considerado Ariano?

Nossos Pioneiros constantemente são acusados de serem semi-arianos (porque não totalmente? – será que com isto, querem “proteger” EGW?) para contrapor-se à uma postura que a atual IASD (1980) adota: o trinitarianismo!

Porém a história nos revela que Ário não foi o vilão que os trinitarianos dizem ser, antes, ele foi objeto das profecias bíblicas (Daniel 7:8) na condição dos três chifres que foram arrancados para que se estabelecesse o império papal... A História demonstra que os Hérulos, os Ostrogodos e depois os Vândalos foram todos seguidores de Ário e todos eles aceitavam o credo escrito por Euzébio de Cesareia (um bispo que concordava com as idéias de Ário que, era um simples diácono).

Basicamente este credo dizia que Cristo era um gerado (teve início no Pai). O imperador Constantino, convocando o concílio de Nicéia, aprovou este credo!

Porém, os bispos Athanásio e Alexandre, politicamente discordavam de Ário – não com as convicções religiosas dele – e procuraram apóio do imperador para se oporem à Ário. Para isto usaram uma palavra que antes rejeitavam com veemência – por ter saído de Ário - e que agora por não estar presente no texto, desejavam usá-la: Homoousion = Ele era de uma mesma substância que o Pai.

Mas porque então a confusão se os dois grupos concordavam que Cristo é um ser gerado e de mesma substância  que o Pai?

Simples: Ário aceitava a origem do Filho, mas não que Ele fosse a mesma pessoa que o Pai, ao passo que Alexandre ao usar esta palavra queria direcionar as mentes para que O filho por ser de mesma “substância” que o Pai, seria então “co-eterno” com o Pai... Uma mesma palavra dando duas conotações diferentes, porém o grupo liderado por Alexandre era muito mais poderoso e prevaleceu sobre o grupo de Ário, trocando a palavra original por Homoiousion (co-substancial).

Constantino assinou o novo credo, conforme Alexandre e Athanásio colocou e este texto foi pouco a pouco sendo revisado pela igreja católica em ascensão e hoje tornou-se essencialmente a base para o trinitarianismo.

Vamos ver as idéias que Alexandre disseminou.

“Alexandre declarou: —‘O Filho é imutável e invariável, auto suficiente e perfeito como o Pai, diferenciado somente em autoridade, e em que, o Pai é um não gerado. Ele é a imagem exata de Seu Pai. Ele é a imagem que existe do arquétipo [original]; Foi isto que nosso Senhor ensinou quando disse, ‘Meu Pai é maior que Eu.’ E por essa razão acreditamos que o Filho procedeu do Pai; pois Ele é o reflexo da glória do Pai, e a imagem de Sua substância. Porém, ele não deixou que ninguém fosse conduzido disto à suposição que o Filho é não-gerado, como é crido por alguns que são deficientes em raciocínio intelectual: Isso para dizer que Ele era, que Ele sempre foi, e que Ele existiu antes de todas as eras, é não dizer que Ele não é gerado”. (“Gibbon, Declínio e Queda, Cap. V, versão inglesa par. i.” Pág. 333).

De acordo com Alexandre, a única diferença entre o Pai e o Filho é que o Filho foi gerado. Explicando como o Filho foi gerado, Alexandre cita Jesus dizendo que Ele procedeu do Pai. Ainda em sua declaração final, Alexandre afirma concernente ao Filho “que Ele sempre foi”. De alguma maneira ele lutou para conciliar a idéia do Filho que é gerado com a nova idéia de que Ele sempre existiu.  

Vamos dar uma olhada agora no que Ario ensinou.

Ario disse: “Nós dizemos e acreditamos, é ensinado, e ensina-se, que o Filho não é um não-gerado, de nenhuma maneira não-gerado, até mesmo só em parte; e que a sua subsistência não depende qualquer matéria; mas que pelo Seu próprio testemunho e palavra, Ele subsistiu antes do tempo, e antes das eras, como Deus perfeito, e somente gerado e inalterável, e não que Ele não existiu antes. Ele foi gerado, ou ‘criado’, ou pretendido, ou estabelecido. Ele não é nenhum não-gerado. Somos perseguidos porque dizemos que o Filho teve um começo, mas que Deus é sem início. Esta é realmente a causa de nossa perseguição, e também porque igualmente, dizemos que Ele não é do nada. E isto nós dizemos porque Ele é parte de Deus. Ele não é de qualquer material subjacente”.  (“Gibbon, Declínio e Queda, Cap. V, versão inglesa par. i.” Pág. 333)

É interessante notar que Ario usou a palavra “criado” ao referir-se ao Filho de Deus, mas como você pode perceber, em sua declaração anterior, ele deixa claro ter entendido que Cristo foi gerado do Pai, e então teve um começo. Ario acreditou verdadeiramente que Cristo era “o único Filho gerado de Deus”. E, foi por ter incluído esta palavra “criado” que hoje ficou esta conotação negativa do “arianismo”...

Para esconder toda a história, hoje, escritos de Ário são raros pois foram destruídos (apenas estes de Gibbon – Declínio e Queda estão completos) pela igreja católica que pouco a pouco foi introduzindo alterações no documento original de Nicéia.

Veja o que dizem sobre estes dias:

"Um erro que tem circulado pelo cristianismo ao longo do tempo, é dizer que tudo ligado ao Arianismo está associado com a crença de que Cristo era um ser criado. [Nota de rodapé: é duvidoso que muitos tenham acreditado que Cristo foi um ser criado. Geralmente, esses grupos evangélicos que se opuseram ao papado e foram marcados com ferro de Arianos, confessaram ambos a divindade de Cristo e que Ele foi gerado, não criado, pelo Pai. Eles recuaram de outras deduções extremas e especulações relativas a Divindade Suprema (Deus-Pai).]" (Benjamim G. Wilkinson, Verdade Triunfante, pág. 92)

"Se os ensinos de Ario eram normalmente apresentados a nós ou não como é, quem pode dizer? Phillipus Limborch duvida que o próprio Ario tenha afirmado que Cristo foi criado em vez de ser gerado. [Nota de rodapé: Limborch, A História da Inquisição, página 95]." (Benjamim G. Wilkinson, Verdade Triunfante, pág. 142)

É interessante que a história da controvérsia Ariana foi muito bem escondida, assim é difícil de determinar no que Ario acreditou. Foi necessário que utilizassem a persuasão pela força, pois parece duvidoso que todas as acusações trazidas contra Arius sejam verdadeiras. Tornou-se uma regra geral rotular ou denominar de Arianos todas as pessoas que não aceitassem à doutrina da Trindade. Desde então vem o pensamento que os Arianos acreditam em Cristo com um ser criado, e assim sendo não como um ser divino, esta tem sido uma contínua acusação, que se você negar a doutrina da Trindade, isto significa que você acredita que Cristo é um ser criado, e nega a divindade de Cristo. Esta acusação raramente foi precisa, quando aplicada a esses que divergiram com os ensinos aceitos pela Igreja católica.

Porém, observe que para ser um trinitariano você terá que negar a “geração de Cristo” – tornando se um “verdadeiro” ariano (?) – e para tal usam explicar que o “gerado” presente nas Sagradas Escrituras, referem-se apenas ao Cristo encarnado... Porém a Bíblia é clara em apresentar dezenas de passagens anteriores ao Seu nascimento em carne, como sendo o Filho unigênito de DEUS!

Mas, o que tem a ver Ário com a profecia?

Nos dias que se seguiram ao concílio de Nicéia, Ário foi chamado pelo imperador Constantino e pode fazer a sua confissão de fé. O seu grupo foi restabelecido em suas antigas posições e então, o grupo liderado por Athanásio, providenciaram o envenenamento de Ário!

Alguns anos depois, morre Constantino e seus três filhos disputam o império: Constancius era um defensor das idéias de Ário e seus irmãos Constantino II e Constans  não pretendiam ser nada... Após uma guerra entre os irmãos, Constantino II morre e  o império e a religião fica entre os dois irmãos. “Nos domínios de Constans todo os Arianos eram hereges; nos domínios de Constancius todos os católicos eram os hereges. A guerra religiosa continuou, e aumentou em violência." (Pág. 360)

Após intensas pressões, em 360 d.C. Constancius aprova um novo credo – com bases ariana – tornando-o ortodoxo e ignorado pela igreja católica.

Com a morte de Constancius em 375 d.C. seus dois filhos assumem e devido às suas tenras idades, aceitam a indicação pela igreja católica de um co-regente: Theodosius. E, não demorou muito para se ter um novo credo...

Inicia-se uma luta intensa pela imposição do novo credo, agora completamente trinitariano... Veja a seguir como a IASD vê este período, no comentário trinitariano do prof. Sigberto sobre a lição 7 da Escola Sabatina deste trimestre (4º trimestre de 2004), que estuda Daniel:

“Havia dez chifres no animal terrível e espantoso, que era um dragão, mas que Daniel não reconhecera. Esses chifres representavam a continuidade do Império Romano, porém, não mais em forma de império, mas fragmentado. Seriam, por assim dizer, os cacos do império uma vez poderoso. Mas os chifres faziam parte do império, isto é, o que dele sobrou.

Do corpo do dragão, portanto, fazendo parte dele, isto é, do que dele sobrou, saiu um 11ª chifre, menor que os outros. Este chifre, embora pequeno, tornou-se mais poderoso que os demais, e até arrancou três deles. Esse fato significa que três dos cacos que restaram do império romano foram destruídos. Esses três chifres foram os Hérulos, os Vândalos e os Ostrogodos, povos bárbaros mas que já se haviam inserido no território do Império Romano, assim como outros povos bárbaros, que se tornaram europeus. O pequeno chifre tem uma peculiaridade especial, diferentemente dos demais chifres, ele assumiu o poder do dragão, aliás, recebeu o poder do dragão. Vejamos como podemos entender essa parte: o dragão era o Império Romano, ou seja, o império instrumento nas mãos de satanás, sendo ele mesmo o dragão. Dragão é satanás, e tornou-se dragão o seu império, ou seja, o império do dragão, o mesmo que Império Romano. satanás deu poder ao seu império para destruir os adoradores do DEUS verdadeiro, aliás, tentou inclusive destruir o Filho de DEUS. O pequeno chifre, diferentemente dos demais chifres, recebeu de satanás o poder que este havia dado ao seu Império Romano, mas que DEUS fragilizara e finalmente eliminara pela ação dos povos bárbaros. Então satanás, na tentativa de continuar seu império, realizou todos os esforços para migrar para um outro sistema de dominação, o da igreja. Ele se empenhou em transformar a própria igreja de CRISTO na igreja dele, e conseguiu, restando com CRISTO apenas um pequeno remanescente, pequeno mas fiel”.

Veja que o comentarista (prof Sigberto), inconscientemente comprova que estes povos bárbaros já estavam cristianizados (europeus) e foram usados por DEUS para fragmentar o império romano e satanás, em oposição, levanta agora um poder político-religioso (o chifre pequeno).

Note também que para a IASD atual, assim como os católicos escondem que um dia foram arianos, manipula a história escondendo o fato que o chifre pequeno (na pessoa de Theodosius) perseguiu implacavelmente todos os que seguiam as idéias de Ário... e, a partir deste imperador, os que o seguiram, continuaram com estas perseguições Primeiro foram os Hérulos (norte da Itália – por volta do ano 470-490 d.C.), na sequência os Ostrogodos (que foram usados pelo imperador para destruir os Hérulos) que foram alvo, agora do imperador Justiniano (527 d.C.) e finalmente os Vândalos, no norte da África por também não reconhecerem a autoridade do primeiro papa, instituído por Justiniano e com autonomia total sobre a igreja (agora católica, apostólica e romana).

Não é estranho que o chifre pequeno – representando satanás - tenha querido perseguir e destruir povos pagãos? Satanás contra os seus próprios aliados! A Verdade era que todos estes povos eram seguidores de Ário e para que satanás pudesse se estabelecer teve que lutar e vencer estas oposições... Uma luta que durou cerca de 200 anos e, hoje, o mundo cristão tornou-se trinitariano e denigrem a imagem de quem um dia defendeu, com a sua própria vida, a natureza humana de Cristo, o gerado de DEUS, acusando-os de arianos!

 

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